A Agência Sueca de Crédito à Exportação (EKN) revelou esta semana que a Prefeitura de Manaus comandada por David Almeida (Avante), está devendo R$ 500 milhões em compras de 296 ônibus elétricos adquiridos em 2012.
De acordo com a EKN Manaus está sob restrição de conseguir empréstimos por conta desses atrasos. Em um acordo de 2012, a EKN forneceu garantias a três operadoras brasileiras em Manaus (Global, Integração e Rondônia). Lembrando que o transporte público de Manaus já é financiado pelo poder públicos por meio de subsídios.
Mas como as operadoras entraram em inadimplência, e a cidade de Manaus e o Sinetram (autoridade local de trânsito) não redirecionaram os pagamentos para as contas de garantia designadas, como previa o contrato, é a Prefeitura de Manaus quem assume a dívida.
“Do lado da Suécia, temos enfatizado que estamos empenhados em resolver esta situação de forma justa e eficiente,” declarou a embaixadora da Suécia no Brasil, Karin Wallensteen. “E nos preocupa a demora do pagamento porque, quanto mais o tempo passa, mais o valor aumenta, e isso pode ser muito prejudicial para a cidade de Manaus”, completou.
A EKN tem buscado resoluções para o impasse por meio de várias reuniões com autoridades de Manaus. David Almeida, que tenta a reeleição, não toca no assunto. Manaus tem um dos piores trsnssportes públicos entre as capitais do Brasil.
Em agosto, uma delegação da EKN e da Embaixada da Suécia foi a Manaus com o objetivo de resolver a situação.
A agenda da viagem incluía uma reunião com o prefeito de Manaus, David Almeida, mas ele recusou o encontro. “Me preocupa que a situação atual seja um obstáculo à possibilidade de Manaus renovar sua frota de ônibus. Só quem perde é a população da cidade”, ressaltou a embaixadora. Em paralelo às várias reuniões ao longo de todos estes anos, a agência EKN deu início a ações judiciais contra as operadoras de ônibus, o sistema de transporte público e o município de Manaus.
“A EKN convoca o prefeito de Manaus e a Sinetram a honrarem seus acordos, depositando imediatamente os fundos devidos nas contas de custódia designadas”, diz a nota.