O atual prefeito de Manaus, David Almeida, (candidato à reeleição) (AVANTE), tem sido alvo de críticas por sua postura considerada autoritária e suas tentativas de intimidar e silenciar opositores e a imprensa que não cedeu à sua influência. Acusações de uso de fake news, calúnias e intimidações contra adversários políticos têm sido apontadas como parte de uma estratégia de “vale-tudo”, que, segundo críticos, busca enfraquecer seus concorrentes por pura ambição, comprometendo o processo democrático.
Professores e jornalistas também denunciam que são tratados com soberba e desrespeito por parte do gestor. Em um ambiente de crescente tensão, Almeida tem sido acusado de tentar censurar meios de comunicação independentes, utilizando a Justiça como ferramenta para coibir críticas. Um caso recente dessa prática foi a decisão judicial do juiz Roberto Santos Taketomi, da 2ª Vara Cível de Manaus, que determinou a retirada do ar do portal Radar Amazônico, um dos veículos que têm questionado as ações do prefeito.
Para muitos, essa decisão remete ao período da ditadura militar de 1964, quando a imprensa brasileira sofreu severas restrições e censura. A situação atual levanta preocupações quanto ao futuro da liberdade de imprensa na capital amazonense, com temores de que a democracia possa estar sendo ameaçada por ações arbitrárias.
Além disso, David Almeida também é criticado pela forma como lidou com a crise sanitária no início de 2021, quando o Amazonas enfrentou um dos piores períodos da pandemia de COVID-19. Durante os primeiros 54 dias daquele ano, o estado registrou mais mortes do que em todo o ano de 2020, o que muitos consideram uma falha grave na gestão pública. O silêncio em torno de seu plano de governo e as ameaças contra servidores municipais são apontados como indicativos de um governo que se esconde da transparência e da responsabilidade.
A situação exige atenção das autoridades e da sociedade civil, que esperam por uma resposta clara em defesa dos direitos fundamentais e da liberdade de expressão.